Não sou cientista político, especialista para avaliar o que
aconteceu com milhões de americanos que resolveram colocar Trump como
presidente do seu país. Mas diante de vários artigos lidos recentemente, e uma
avaliação de um parente que vive nos Estados Unidos, o que se percebe é que a
Globalização – tão encarada como algo positivo até então – custou um preço alto
para os americanos.
Isso porque eles se queixam de um país sem oportunidades,
com a taxa de desemprego crescente entre eles, perdendo espaço para imigrantes,
por exemplo. Daí o patriotismo falou mais alto e, por ironia (ou não), valeu-se
o discurso soberano de Trump, de que “vamos defender a América para os
americanos”. O resultado “surpreendeu” quase
todo mundo, porque não se acreditava que um homem, com discurso tão retrógrado,
poderia de fato chegar ao cargo mais importante do país.
Mas foi o silêncio dos americanos insatisfeitos que escondeu
o verdadeiro sentimento da nação norte-americana. Eles não querem mais o
discurso amigável dos democratas.
Por outro lado, encaramos isso como um alerta para todo o
mundo. Afinal, estamos vivendo uma era de imigrações em grandes proporções, com
milhares de refugiados procurando em países europeus um novo espaço para
recomeçar a vida em paz. A globalização apenas acelerou aquilo que há séculos
já existe que é o processo imigratório em busca de novas oportunidades. A
Inglaterra também surpreendeu o mundo ao votar, também esse ano, a saída da
União Europeia. Vivemos o velho ditado “se a farinha é pouca, meu pirão
primeiro”. Se a crise chegou em todo o mundo, as oportunidades já são escassas,
consequentemente, a sociedade está cada vez mais egoísta.
Resta saber como os líderes dessas importantes nações
irão encarar todos os efeitos da globalização.
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