17 de novembro de 2016

San Andres – um recanto de sete cores

Pense num mar caribenho convidativo. Agora imagina um lugar tranquilo, sem esbanjamento, nem enormes resorts e vida de ostentação. Esse lugar se chama San Andres, uma pequena ilha colombiana que guarda riquezas naturais a serem apreciadas seja na terra, no céu ou no mar. Essa foi a nossa opção para conhecer o famoso mar caribenho, sem precisar enfrentar o período de furacões, em setembro. 

Em apenas cinco dias, a nossa programação incluiu passeio de barco, volta na ilha, mergulho, parasail e noitada. Só a ida e volta que são cansativos, porque não há vôo direto. No meu caso, por exemplo, precisei fazer duas conexões, uma na Cidade do Panamá e a segunda em Bogotá. Na ida, ganhamos duas horas por conta do fuso horário.
Para facilitar a leitura das dicas, dividi a programação por dias. Então, vamos lá

Dia 1
Orla Spratt Bight
Chegada à ilha. Pegar um táxi no aeroporto até a residência foi tranquilo, mas é bom saber que não existe taxímetro, então deve negociar o valor antes de entrar no carro. Assim que cheguei no prédio, percebi que tratava-se de um edifício com rotatividade de turistas, praticamente um apart hotel. Aproveitei para conhecer a orla da Spratt Bight, bem próximo ao edifício e já olhar as opções de restaurantes no local. Acabei jantando no Café + Café, perto da praia.

Dia 2
Como estávamos esperando a chegada de duas amigas, que estavam em Catagena, preferimos um passeio apenas pela parte da manhã. A opção foi conhecer Acuario, que leva esse nome porque é uma região no meio do mar que guarda piscinas naturais com uma riqueza incrível de vida marinha. É possível ver apenas com snorkel uma série de peixes e corais próximos às pedras, com água pela cintura. O Acuario fica bem próximo da ilha Córdoba, ou Haynes Cay, e é possível fazer a travessia andando. O passeio só para Acuario custa 15 mil pesos. 

Paramos para almoçar no Peru Wok, que tem como especialidade suas ceviches deliciosas. O restaurante é super bacana, de frente para o mar e os preços são acessíveis, com média de 45 mil pesos por pessoa.


A furada do dia foi escolher o passeio das Mantarrayas. Esse passeio nada mais é que você voltar
para região próxima ao Acuario, onde um “caçador” de arraia busca o animal no mar para que as pessoas segurem e tirem a foto com ele. Vamos lembrar que o animal não é domesticado, não vive em cativeiro e, portanto, não é de sua natureza ser capturado, mesmo que por pouco tempo. Confesso que fui um desses turistas empolgados em ter o momento “aventura” para ter a experiência em ter em meus braços uma arraia e poder registrar. Mas depois achei desnecessário o passeio e toda aquela situação no meio do mar. O passeio custou 25 mil pesos, e há casos de pessoas que pagam e não conseguem ver arraia.
 
Dia 3
Alugamos um jipe e fomos para West View logo cedo. É um lugar fechado (entrada 4 mil pesos),
onde tem acesso ao mar, mas através de escada (tipo piscina), tem tobogã, e trampolim. Lá é ótimo para mergulho de snorkel. Há estátua do Poseidon e vários peixes. Fazem o mergulho de Aquanautas – 90 mil pesos, sem contar as fotos que são pagas separadamente). Não fiz o Aquanautas porque desci até a estátua por apneia com snorkel.



Como conseguimos um encaixe no passeio de Parasail (paraquedas puxado por barco), voltamos de West View para Marina às 13h. Para mim, o melhor passeio da viagem. Saída com grupo de 8 pessoas de barco, o tempo do vôo de 15 minutos por duplas. Vale muito a pena pelo incrível visual do mar de sete cores. Custo 150 mil pesos.

parasail - melhor passeio na ilha
Após o passeio, pegamos um táxi (15 mil pesos) e fomos direto para Rock Cay. Essa praia fica mais distante da região do centro. É praia tranquila, com estrutura (bar, restaurante). Ficamos muito pouco tempo.

Tentamos almoçar por duas vezes no Restaurante Donde Francesca, próximo à Playa San Luis, mas estava fechado

Aproveitamos o fim de tarde para subir até a Primeira Igreja Batista, ponto mais alto da ilha, para ter a visão total da ilha. Encontramos um hotel abandonado (meio que invadido), onde era possível subir até o terraço para ter a visão da ilha. A Igreja encerra a visitação às 18h, então não conseguimos subir até o topo

À noite, fomos conhecer a vida noturna de San Andres, na boate Coco Louco. Apesar de cheia, o DJ não empolgou muito e acabamos desistindo.

Dia 4
Por termos dormido tarde, acordamos tarde e, portanto, perdemos o passeio de barco para Johnny Cay. Resolvemos fechar logo o mergulho com a equipe da Banda Dive Shop – operadora fica no saguão do Hotel Lord Pierre à tarde. Aproveitamos o resto da manhã para curtir a praia do centro, Spratt Bight, que não perde em nada para as praias turísticas. Almoçamos mais uma vez no Peru Wok (porque vale muito a pena! Vale inclusive pedir o prato Kombi, que é um combinado de dois pratos. Pedi Ceviche misto e o outro não lembro).

À tarde, fizemos o mergulho na região da Pirâmide, com a equipe da Banda. Ótimo atendimento, instrutores superpacientes e descontraídos. Eles fazem uma aula antes do mergulho, com treinamento na praia.

À noite, jantamos no restaurante do Hotel Casablanca. Restaurante mais elegante, com carta de vinhos bacana, e pratos ok (não achei nada de extraordinário, mas eram bem gostosos). Vale pelo local.

Dia 5
Havíamos nos programado para acordar cedo e aproveitar o passeio até a Ilha Johnny Cay, mas justamente nesse dia o passeio estava cancelado. Pegamos um táxi e fomos para Playa San Luis, um pouco mais distante do Rock Cay, mais reservado, poucas pessoas, mas incrível. Almoçamos num restaurante El Paraíso, que fica em frente à praia, com opções de petiscos e pratos com bons preços, tudo bem simples.

À tarde, aproveitamos mais um pouco da praia Spratt Bight, fizemos compras pelo centro, e depois partiu vôo de volta para Brasil.

Fizemos um vídeo em homenagem a todos que cruzamos nessa viagem, colombianos simpáticos, que nos ajudaram a curtir momentos maravilhosos na ilha. 



Dicas: além dos restaurantes já citados acima, muitos recomendam conhecer o “La Regatta”, mas, infelizmente, no período da nossa viagem permaneceu fechado para reformas.
Alugar jipe ou pagar táxi? O valor do táxi compensa, se o grupo de pessoas for pequeno e se a ideia é ir até um determinado local e voltar para o centro. Nós alugamos um dia o jipe porque queríamos dar a volta na ilha, e paramos em alguns pontos turísticos interessantes. Sempre vale negociar o aluguel do carro, até mesmo porque há muitas opções de oferta na ilha.

San Andres tem muitas lojas freeshop, o que é tentador gastar uma grana com bebidas, perfumes, eletrônicos e acessórios (óculos escuros etc.). Mas cuidado com algumas lojas piratas, que vendem produtos falsificados. O centro de San Andres é pequeno, vale caminhar e conhecer com calma o comércio local.

Trocar dinheiro no banco é sempre recomendado, para evitar notas falsas. Há cambistas nas ruas abordando os turistas, mas não vale a pena arriscar. E não conheci lugar onde aceita real, então leve dólar para trocar por pesos colombianos.

Antes de viajar, muitas pessoas me indicaram alugar um apartamento ao invés de ficar em hotel. O serviço hoteleiro na ilha não é dos melhores para o custo que tem. Por isso, optei em ficar no Hansa Reef Club, condomínio localizado no Centro da Ilha, com apartamentos super modernos, bem decorados, aconchegantes. A localização foi perfeita, tanto para saída dos passeios de barco quanto para o centro, com melhores restaurantes e a praia Spratt Bight. Ainda aproveitávamos a piscina do condomínio no final do dia.

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