Pense num mar caribenho convidativo. Agora
imagina um lugar tranquilo, sem esbanjamento, nem enormes resorts e vida
de ostentação. Esse lugar se chama San Andres, uma pequena ilha
colombiana que guarda riquezas naturais a serem apreciadas seja na
terra, no céu ou no mar. Essa foi a nossa opção para conhecer o famoso
mar caribenho, sem precisar enfrentar o período de furacões, em
setembro.
Em apenas cinco dias, a nossa programação incluiu
passeio de barco, volta na ilha, mergulho, parasail e noitada. Só a ida
e volta que são cansativos, porque não há vôo direto. No meu caso, por
exemplo, precisei fazer duas conexões, uma na Cidade do Panamá e a
segunda em Bogotá. Na ida, ganhamos duas horas por conta do fuso
horário.
Para facilitar a leitura das dicas, dividi a programação por dias. Então, vamos lá
Orla Spratt Bight |
Chegada à ilha. Pegar um táxi no aeroporto até a
residência foi tranquilo, mas é bom saber que não existe taxímetro,
então deve negociar o valor antes de entrar no carro. Assim que cheguei
no prédio, percebi que tratava-se de um edifício com rotatividade de
turistas, praticamente um apart hotel. Aproveitei para conhecer a orla
da Spratt Bight, bem próximo ao edifício e já olhar as opções de
restaurantes no local. Acabei jantando no Café + Café, perto da praia.
Dia 2
Como estávamos esperando a chegada de duas
amigas, que estavam em Catagena, preferimos um passeio apenas pela parte
da manhã. A opção foi conhecer Acuario, que leva esse nome porque é uma
região no meio do mar que guarda piscinas naturais com uma riqueza
incrível de vida marinha. É possível ver apenas com snorkel uma série de
peixes e corais próximos às pedras, com água pela cintura. O Acuario
fica bem próximo da ilha Córdoba, ou Haynes Cay, e é possível fazer a
travessia andando. O passeio só para Acuario custa 15 mil pesos.
Paramos para almoçar no Peru Wok, que tem como
especialidade suas ceviches deliciosas. O restaurante é super bacana, de
frente para o mar e os preços são acessíveis, com média de 45 mil pesos
por pessoa.
A furada do dia foi escolher o passeio das
Mantarrayas. Esse passeio nada mais é que você voltar
para região
próxima ao Acuario, onde um “caçador” de arraia busca o animal no mar
para que as pessoas segurem e tirem a foto com ele. Vamos lembrar que o
animal não é domesticado, não vive em cativeiro e, portanto, não é de
sua natureza ser capturado, mesmo que por pouco tempo. Confesso que fui
um desses turistas empolgados em ter o momento “aventura” para ter a
experiência em ter em meus braços uma arraia e poder registrar. Mas
depois achei desnecessário o passeio e toda aquela situação no meio do
mar. O passeio custou 25 mil pesos, e há casos de pessoas que pagam e
não conseguem ver arraia.
Dia 3
Alugamos um jipe e fomos para West View
logo cedo. É um lugar fechado (entrada 4 mil pesos),
onde tem acesso ao
mar, mas através de escada (tipo piscina), tem tobogã, e trampolim. Lá é
ótimo para mergulho de snorkel. Há estátua do Poseidon e vários peixes.
Fazem o mergulho de Aquanautas – 90 mil pesos, sem contar as fotos que
são pagas separadamente). Não fiz o Aquanautas porque desci até a
estátua por apneia com snorkel.
Como conseguimos um encaixe no passeio de Parasail
(paraquedas puxado por barco), voltamos de West View para Marina às
13h. Para mim, o melhor passeio da viagem. Saída com grupo de 8 pessoas
de barco, o tempo do vôo de 15 minutos por duplas. Vale muito a pena
pelo incrível visual do mar de sete cores. Custo 150 mil pesos.
parasail - melhor passeio na ilha |
Após o passeio, pegamos um táxi (15 mil pesos) e fomos direto para Rock Cay.
Essa praia fica mais distante da região do centro. É praia tranquila,
com estrutura (bar, restaurante). Ficamos muito pouco tempo.
Tentamos almoçar por duas vezes no Restaurante Donde Francesca, próximo à Playa San Luis, mas estava fechado
Aproveitamos o fim de tarde para subir até a
Primeira Igreja Batista, ponto mais alto da ilha, para ter a visão total
da ilha. Encontramos um hotel abandonado (meio que invadido), onde era
possível subir até o terraço para ter a visão da ilha. A Igreja encerra a
visitação às 18h, então não conseguimos subir até o topo
À noite, fomos conhecer a vida noturna de San
Andres, na boate Coco Louco. Apesar de cheia, o DJ não empolgou muito e
acabamos desistindo.
Dia 4
Por termos dormido tarde, acordamos tarde e,
portanto, perdemos o passeio de barco para Johnny Cay. Resolvemos fechar
logo o mergulho com a equipe da Banda Dive Shop – operadora fica no
saguão do Hotel Lord Pierre à tarde. Aproveitamos o resto da manhã para curtir a praia do centro,
Spratt Bight, que não perde em nada para as praias turísticas. Almoçamos
mais uma vez no Peru Wok (porque vale muito a pena! Vale inclusive
pedir o prato Kombi, que é um combinado de dois pratos. Pedi Ceviche
misto e o outro não lembro).
À tarde, fizemos o mergulho na região da
Pirâmide, com a equipe da Banda. Ótimo atendimento, instrutores
superpacientes e descontraídos. Eles fazem uma aula antes do mergulho,
com treinamento na praia.
À noite, jantamos no restaurante do Hotel
Casablanca. Restaurante mais elegante, com carta de vinhos bacana, e
pratos ok (não achei nada de extraordinário, mas eram bem gostosos).
Vale pelo local.
Dia 5
Havíamos nos programado para acordar cedo e
aproveitar o passeio até a Ilha Johnny Cay, mas justamente nesse dia o
passeio estava cancelado. Pegamos um táxi e fomos para Playa San Luis,
um pouco mais distante do Rock Cay, mais reservado, poucas pessoas, mas
incrível. Almoçamos num restaurante El Paraíso, que fica em frente à
praia, com opções de petiscos e pratos com bons preços, tudo bem
simples.
À tarde, aproveitamos mais um pouco da praia
Spratt Bight, fizemos compras pelo centro, e depois partiu vôo de volta
para Brasil.
Fizemos um vídeo em homenagem a todos que cruzamos nessa viagem, colombianos simpáticos, que nos ajudaram a curtir momentos maravilhosos na ilha.
Dicas: além dos restaurantes já citados acima,
muitos recomendam conhecer o “La Regatta”, mas, infelizmente, no período
da nossa viagem permaneceu fechado para reformas.
Alugar jipe ou pagar táxi? O valor do táxi
compensa, se o grupo de pessoas for pequeno e se a ideia é ir até um
determinado local e voltar para o centro. Nós alugamos um dia o jipe
porque queríamos dar a volta na ilha, e paramos em alguns pontos
turísticos interessantes. Sempre vale negociar o aluguel do carro, até
mesmo porque há muitas opções de oferta na ilha.
San Andres tem muitas lojas freeshop, o que é
tentador gastar uma grana com bebidas, perfumes, eletrônicos e
acessórios (óculos escuros etc.). Mas cuidado com algumas lojas piratas,
que vendem produtos falsificados. O centro de San Andres é pequeno,
vale caminhar e conhecer com calma o comércio local.
Trocar dinheiro no banco é sempre recomendado,
para evitar notas falsas. Há cambistas nas ruas abordando os turistas,
mas não vale a pena arriscar. E não conheci lugar onde aceita real,
então leve dólar para trocar por pesos colombianos.
Antes de viajar, muitas pessoas me indicaram
alugar um apartamento ao invés de ficar em hotel. O serviço hoteleiro na
ilha não é dos melhores para o custo que tem. Por isso, optei em ficar
no Hansa Reef Club, condomínio localizado no Centro da Ilha, com
apartamentos super modernos, bem decorados, aconchegantes. A localização
foi perfeita, tanto para saída dos passeios de barco quanto para o
centro, com melhores restaurantes e a praia Spratt Bight. Ainda
aproveitávamos a piscina do condomínio no final do dia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário