Valem-se os dias que acordamos, olhamos para o lado e
pensamos: “mais um dia de vida, e eu bem acompanhado. Obrigado!”. Agradecemos a
companhia ao amanhecer, quando percebemos que compartilhar nosso tempo com
alguém que nos completa vale a pena.
O problema é quando olhamos para o lado e percebemos que
podia ter mais espaço na cama para se espalhar, para não ter que pensar como
será ao longo do dia, para não buscar assunto com alguém que não se tem assunto
faz tempo.
Amar pode ser algo tão prazeroso como um prato delicioso,
bem elaborado, com explosão de sabores, assim como um belo vinho, ou aquela
bebida refrescante em um dia de calor. Mas amar pode ser o mesmo feijão com
arroz do dia a dia, e aquele suco ralo, meio sem gosto, só para não deixar de
beber alguma coisa. Portanto, cuidado para que o hábito de amar não se torne
algo mecânico na rotina, como o ato de comer e beber.
Seja pela boa companhia, pelo bom papo, pelas risadas
frouxas, pela conversa sincera, pelo beijo apaixonado, pelo carinho inesperado,
pelas pernas entrelaçadas, pela pipoca compartilhada. Amar com vontade e prazer
torna até os dias cinzentos menos borrados. Só não vale deixar morrer...
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