Vivemos um tempo tão repleto de mudanças e informações, que
a sensação é que os anos estão cada vez mais curtos e confusos. 2016 não foi
diferente. O Brasil viveu um momento de crise, na economia, na política, mas
também na sociedade. Muitos se revoltaram com o cenário de corrupção (o que
nunca foi novidade, infelizmente). Mas é justamente quando os escândalos se tornam
públicos, que a turbulência gera tensão e revolta.
Vivemos também a era digital, quando tudo acontece ao mesmo
tempo, e todos são capazes de opinar sobre tudo e todos. Os assuntos são
discutidos fervorosamente nas redes sociais, criando inimizades e gerando um
clima pesado até entre amigos e familiares. A sensação é de que pessoas, no
modo geral, estão impacientes e até radicais, com posicionamentos fortes e
agressivos em seus discursos intolerantes e preconceituosos. É tempo de apontar
o dedo na cara do outro, atirar a pedra, mesmo tendo teto de vidro.
O que mais se ouviu em 2016 foi que “estamos em momento de
crise”. E com isso, tudo se torna um fardo, até para os pequenos atos. Na
verdade, a crise não está só no Brasil, mas nas pessoas, no mundo, e como
enxergamos o futuro incerto.
Entretanto, é a crise que precede a evolução. Afinal, é
preciso ter crise para ter mudanças. Sair da zona de conforto é necessário,
mesmo que seja doloroso. Pensamos que uma crise, da proporção vivida atualmente,
não depende de nós para reverter. Será? Algumas mudanças internas podem
amenizar nossas crises íntimas. O equilíbrio mental traz um corpo saudável.
Então, nossa parte é feita de gotas no oceano. Começando por
nossos relacionamentos, nossas redes sociais e nossas famílias. Saber o que
dizer, na hora certa, no momento certo. E lembrar sempre que o ato de ouvir é
mais importante que o de falar.
Na onda de “influenciadores digitais”, que “ditam a moda e
opinam sobre tudo”, ser alguém ponderado e equilibrado, no meio desse oceano de
gente cheia de atitudes, pode fazer a verdadeira diferença. Bons exemplos são
sempre melhores que apenas boas palavras.
Ao reler o último post que fiz em 2015, vale repetir meu
desejo para o próximo ano, 2017. Felicidade é viver a cada dia com paz e
sabedoria. É colocar em prática os ensinamentos cristãos. O resto é
consequência. Buscar o equilíbrio em nossa rotina, mesmo quando parecer
impossível.
Assim como foram os últimos anos, incluindo 2016, o próximo
certamente trará novos desafios, seja para mim, seja para você, seja para uma
nação inteira, seja para o planeta. A cada novo ano, as esperanças devem ser
renovadas para superar tantas tragédias, escândalos, violências, crises
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