Resolvi resgatar umas fitas VHS antigas, com gravações da
família. Tirei a poeira do velho videocassete e coloquei na TV. Revi momentos inesquecíveis,
recordei passagens que nem lembrava mais e matei a saudade de entes que já não
estão mais conosco agora.
Mas o que me chamou atenção foi me ver ainda criança. Por um
lado, observei com um olhar de adulto, achando graça e me divertindo com as
palhaçadas, as brincadeiras e o meu jeito de ser. Por outro, enxerguei a mesma
pessoa que sou hoje, com alguns comportamentos comuns até hoje. É natural
sermos críticos conosco. Por várias vezes, me peguei pensando “nossa, como fui
capaz de fazer isso, ou falar isso...”. A autoanálise sempre nos faz pensar que
podíamos ser diferentes, agir diferente.
Por que não gostamos de nos ver em vídeo ou ainda quando
escutamos a nossa própria voz em uma gravação? Por que não nos aceitamos do
jeito que somos? Se vivêssemos 24 horas diante de um espelho, certamente não
seríamos nós mesmos, porque iríamos nos policiar as 24 horas. Pelo menos é essa
sensação que tenho.
É claro que em certos momentos somos vaidosos. Escolhemos a
melhor foto para postar no perfil, escolhemos a melhor roupa para festa,
cuidamos da aparência, do corpo etc., mas acima de tudo somos críticos com a
beleza. E ainda contamos com a opinião alheia para amenizar a insegurança.
Às vezes, buscamos mudar certos comportamentos,
principalmente quando esses afetam outras pessoas. Mas a personalidade é algo
imutável. É a velha história da máscara quando cai. Paulo da Viola encerra o
assunto definindo: “eu sou assim, quem quiser gostar de mim, eu sou assim...”
Um comentário:
Aí amigo... eu não me gosto de ver em vídeo! Engraçado, amo as minhas fotos do casamento, vejo, revejo e sinto o maior orgulho delas, mas não gostei mt de me ver no video do casmento. Me sinto desconfortável, me sinto pagando mico! rs
vai entender! beijos e bom carnaval!
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