Durante uma braçada e
outra, chega uma menina com uma beleza escultural, na beirada da piscina. “Posso
dividir a raia com você?”. Sem muita reação, respondi: “claro”. “Qual o lado
que você prefere?”, e ainda extasiado gaguejei “qualquer um”. “E a água está
boa?”, num fôlego só completei “perfeita para nadar”. Simpática, bonita e ainda
dividiria o espaço apertado comigo. Quando percebi, não fui o único homem a segurar
a respiração por muito tempo dentro d´água. Os comentários foram inevitáveis no
final da natação.
Durante a conversa entre
amigos, uma amiga solta: “vocês homens vivem em um filme pornográfico, enquanto
nós mulheres vivemos uma novela”.
Ela quis dizer que a
maioria dos homens idealiza as mulheres apenas como objetos de desejo, sempre
com apelo sexual. Qualquer sorriso, um decote aqui, uma rebolada
descompromissada, o salto alto, tudo vira motivo para criar-se uma fantasia
sexual. “Cara, você viu como a fulana veio hoje falar comigo? Aquele decote
dela me enlouquece...”
Já para os homens, são as mulheres
que fantasiam a realidade, como um romance. “Nossa, você viu como o fulano me
olhou hoje? Acho que está rolando um clima entre a gente...”. Ela não imaginou
o cara na cama dela, mas sim num jantar romântico, com pedido de namoro e muito
blá blá blá.
Falar de sacanagem está na
mesa dos homens, mas também das mulheres. A diferença é que nós homens vamos
direto ao assunto, sem pudor. O engraçado é quando misturam homens e mulheres
nesses assuntos. Elas acham que os homens exageram na pegada mais “vulgar” da
conversa, colocando todas as mulheres (as mais gostosas) no mesmo nível. Falso
puritanismo, porque elas sabem também enxergar os homens bonitos como seus
objetos de desejo.
No final da conversa, eles
perguntam “E aí, comeu?”, enquanto elas ainda preferem o conto de fadas: “e aí,
achou seu príncipe?”
Um comentário:
é por aí... pra elas fazer sexo como um homem, ou seja, mesmo que não exista envolvimento, não é algo fácil.
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