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Quando assisti ao trailer, criei uma expectativa de um filme
profundo, algo que levasse à reflexão sobre relação humana, os desejos de cada
um, o que a vida lhes reservou com passar dos anos. Mas o filme é outra
história e decepciona um pouco.
O argumento do roteiro é muito bom: reunir seis amigos para
ler suas cartas, enterradas propositalmente dez anos antes durante uma viagem.
Jovens cheios de sonhos, libidos e desejos se reuniram na década de 90 em uma
casa no alto da serra. Lá, resolveram escrever cada um sua carta com uma
mensagem para dez anos depois. E o que mudaria na vida de cada um? Como eles se
relacionariam depois daquele encontro? O que cada um se tornou?
De volta à velha casa, eles se reencontram depois de um bom
período distantes, sem saber o rumo que vida alheia tomou. Uns se casaram,
outros tiveram filho, dois ficaram solteiros, cada um seguiu sua carreira, bem
sucedida ou não. Mas todos tinham ali um elo: um amigo que já não estava mais
entre eles após um trágico acidente. As
lembranças desse amigo vieram à tona, mexendo com alguns segredos guardados há
muito tempo.
O filme não conclui muita coisa, deixa entender que a vida
segue, mesmo diante de algumas revelações, decepções, relacionamentos
interrompidos. Cada um se despede sem promessas de um reencontro, como aquele
momento fosse único, sem continuação.
Valem as atuações de todo elenco – Caio Blat, Carolina
Dieckmann, Maria Ribeiro, Paulo Vilhena, Júlio Andrade, Martha Nowill e Lee
Taylor –, assim como algumas (poucas) cenas engraçadas. Seria um ótimo filme,
se soubesse explorar as relações e os sentimentos de cada personagem. Suas frustrações,
suas conquistas e até como esses se tornaram adultos. Mas valeu a intenção.
Roteiro e direção de Paulo Morelli.
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