7 de abril de 2014

Entre nós - o filme



Divulgação

Quando assisti ao trailer, criei uma expectativa de um filme profundo, algo que levasse à reflexão sobre relação humana, os desejos de cada um, o que a vida lhes reservou com passar dos anos. Mas o filme é outra história e decepciona um pouco.


O argumento do roteiro é muito bom: reunir seis amigos para ler suas cartas, enterradas propositalmente dez anos antes durante uma viagem. Jovens cheios de sonhos, libidos e desejos se reuniram na década de 90 em uma casa no alto da serra. Lá, resolveram escrever cada um sua carta com uma mensagem para dez anos depois. E o que mudaria na vida de cada um? Como eles se relacionariam depois daquele encontro? O que cada um se tornou?


De volta à velha casa, eles se reencontram depois de um bom período distantes, sem saber o rumo que vida alheia tomou. Uns se casaram, outros tiveram filho, dois ficaram solteiros, cada um seguiu sua carreira, bem sucedida ou não. Mas todos tinham ali um elo: um amigo que já não estava mais entre eles após um trágico acidente.  As lembranças desse amigo vieram à tona, mexendo com alguns segredos guardados há muito tempo.


O filme não conclui muita coisa, deixa entender que a vida segue, mesmo diante de algumas revelações, decepções, relacionamentos interrompidos. Cada um se despede sem promessas de um reencontro, como aquele momento fosse único, sem continuação.


Valem as atuações de todo elenco – Caio Blat, Carolina Dieckmann, Maria Ribeiro, Paulo Vilhena, Júlio Andrade, Martha Nowill e Lee Taylor –, assim como algumas (poucas) cenas engraçadas. Seria um ótimo filme, se soubesse explorar as relações e os sentimentos de cada personagem. Suas frustrações, suas conquistas e até como esses se tornaram adultos. Mas valeu a intenção. Roteiro e direção de Paulo Morelli.

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