Realizei um desejo antigo que era participar de uma prova de corrida de rua. Pela primeira vez, participei da Corrida Corujão 2014, que aconteceu sábado passado, na Barra da Tijuca. Em princípio, iria correr 5k (como os atletas costumam chamar 5 km), mas acabei treinando para 10k e, portanto, completei a prova em 1h04.
O tempo não é dos melhores, mas para mim, isso é uma grande
vitória. Em janeiro de 2013, fiz uma cirurgia em meu joelho esquerdo, após um
incidente que rompeu meu ligamento esquerdo e menisco também. Fiquei alguns
meses me recuperando, com muita fisioterapia e depois musculação, mas ainda não
sentia firmeza para ir além das atividades que não forçavam tanto o joelho. Por
conta da cirurgia, interrompi duas atividades que eu gostava de fazer: correr e
dançar. Sabia que precisava fortalecer bem a musculatura para que pudesse
voltar com segurança. Mas ainda teria um outro fator a ser vencido: o medo.
Quem já sofreu alguma lesão, sabe que o medo sempre existe
só em pensar a possibilidade de cometer novamente o mesmo problema. Por mais
que você veja uma melhora, se estiver em treinamento sério, há uma insegurança
natural. E com isso, levei um ano para voltar a me sentir seguro. Confesso que
o joelho ainda não está 100%, como antes do incidente. Ainda sinto diferença na
resposta entre um joelho e outro, principalmente quando não vou à academia por
um certo período (uma semana já faz diferença, por exemplo). Definitivamente,
virei refém da musculação, algo que hoje não encaro como estética, mas com
certeza como uma eterna fisioterapia que preciso levar a sério para manter meu
joelho respondendo bem.
Ano passado retornei às minhas aulas de dança, o que já me
fez acreditar numa melhora significativa. Até porque a dança é um movimento que
mexe bem com a rotação do joelho e, portanto, força mais ainda que uma
atividade física que mantém o eixo reto, como pedalar, correr, nadar etc.
Dependendo do ensaio, sinto bastante no dia seguinte, mas nada que um bom gelo
e um repouso não melhore depois.
A corrida veio depois e contou com um grande incentivo de
uma amiga de infância, que vem se dedicando há um ano e meio a essa atividade.
Ela já correu duas meias maratonas e não demorará para realizar sua primeira
maratona (ainda mais agora que tem um namorado maratonista!). E por sua causa,
ela me fez acreditar que era possível aos poucos aumentar meu treino, primeiro
de 2k, depois 4, 6, 8 até chegar em 10k. Fui me inteirando dos treinos, aprendi
a medir meu pace (ritmo da pisada
durante a corrida), e já sabia controlar meu batimento para não forçar muito ao
longo da corrida.
O mais interessante é que essa amiga incentivou não só a mim,
mas também aos nossos amigos em comum, o que acabou gerando o grupo da corrida
com um foco: emagrecer para nossa próxima viagem, quando iremos comemorar vinte
anos de amizade!
Amigos de infância e agora de corrida |
Não tenho grandes pretensões, por enquanto, em diminuir meu pace ou alcançar 21k. Meu objetivo ainda
é emagrecer e tentar manter um ritmo de corrida importante como atividade
física, já que encaro como prazer, não como sacrifício. Definitivamente, não
gosto de esportes coletivos (principalmente quando tem uma bola em jogo, rs) e
academia se tornou obrigação. Além da corrida, descobri outro prazer esportivo
que é o Stand Up Paddle (SUP), o que me fez comprar uma prancha e praticar
quase todo final de semana (quando há boa condição no mar).
Essa primeira prova, portanto, veio com gosto de superação,
por todo esse tempo que fiquei parado, até desacreditado de que um dia poderia
voltar para as atividades de forma segura e confiante. Depois que peguei o
gosto, vai ser difícil largar dessa brincadeira!
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