Eu já escrevi por aqui que não enxergo em 3D, e que a
tendência agora são filmes em 3D. Em breve, chega ao Rio a primeira sala Imax,
no UCI (no shopping New York City Center, na Barra da Tijuca). A grande
sensação do cinema Imax é a imersão do espectador na gigante tela, combinado à
visão 3D.
Eu conheci o Imax em 2008, em Barcelona, e mesmo não
enxergando em 3D achei o máximo. Primeiro porque impressiona logo de cara uma
tela que começa do chão e chega ao teto, com visão praticamente de 180 graus. O
filme que assisti na época foi feito especialmente para aquela tela, com uma
“viagem ao fundo do mar”, tendo a sensação de um mergulhador conhecendo de
perto corais, cardumes, golfinhos e o temeroso tubarão. Lembro-me da cena
assustadora e real do tubarão vindo em direção ao telespectador, o que gerava
certos gritos na platéia. Para mim, a visão 2D não era tão impactante quanto
aos demais que tinham a sensação do 3D, mas nem por isso deixei de curtir a
imensidão daquela tela diante dos olhos arregalados.
E é justamente esse ganho que o Imax proporciona: a
aproximação do espectador à realidade da tela, como se você estivesse fazendo
parte do filme. Fazendo uma analogia e viajando no tempo, a sensação é parecida
com aquela do “Cinema 180 graus” que havia nos parques de diversão – aqui no
Rio, por exemplo, existia um no antigo e saudoso Tivoli Park (era uma lona em
formato de concha). Outro exemplo é o que tem na cúpula do Planetário da Gávea,
batizada de Galileu Galilei, onde você encontra sessões, com visão 360 graus,
sobre o universo astronômico em clima de ficção científica.
Não sou contra essa popularização do cinema 3D, mas só acho
que há certos filmes que o 3D é desnecessário e não rende tanto. Como escrevi,
quando conheci o Imax, os filmes projetados nas telas gigantes foram
especialmente elaborados para isso, ou seja, o espectador se depara com algo
inovador, diferente, e que vai remeter a uma viagem única, como a tal “viagem
ao fundo do mar”.
Veja matéria do Jornal da Globo sobre cinema Imax:
Um comentário:
como falei no blog, eu vi o filme em imax sem 3d. foi sensacional. só a tela gigante já vale, nem precisa do 3d.
concordo contigo que muitos filmes têm se apoiado no 3d pra vender, com roteiros fracos e atuações duvidosas.
o próprio 'inception', que abre a reportagem que você colocou, não foi 3d e nem precisou. foi sensacional.
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