É comum na
língua falada apropriarmos de uns vícios que se tornam constantes e, se não
houver cuidado, passam atrapalhar a fluência da fala. Os mais comuns que
encontramos por aí é: “né?”, “então”, “tipo”, “tá entendendo?”, “como?” ou “comé?”,
“uai” (próprios dos mineiros), “cara” (típico dos cariocas) e por aí vai. As gírias
são os vícios mais comuns entre os adolescentes, o que sempre foi motivo de
repressão dos professores de português.
Outro dia,
reparei no meu ambiente de trabalho os vícios de linguagem dos meus colegas que
compartilham da mesma sala. É engraçado perceber como cada um cria suas manias.
Então, percebi que mais que um vício, isso se torna uma marca da pessoa. Passamos
a imitar consciente ou até de inconscientemente. Somos capazes de, aos poucos,
reproduzir esses vícios, conforme o convívio com essas pessoas.
Uma fala “não
me diga” para todo caso contato, a outra exclama (com direito a virada dos
olhos): “parei” quando o assunto é um absurdo, o outro solta sempre seu “relaxa”
para acalmar o estresse alheio, a falante repete “tipo, tipo, tipo...”, o prolixo
declama “genial” em frases do tipo “fulano, falo com você em dois minutos” e
ele responde “genial”. Então, fiquei pensando: qual seria meu vício? É
engraçado que é fácil perceber o vício alheio, mas não percebemos o nosso. Houve
gente dizendo que o meu era “Gente”, sempre quando vou começar uma frase.
Já reparou
seu vício de linguagem?
Um comentário:
como um bom mineiro, falo 'uai', 'trem' e começo frases com 'então'.
o que eu mais noto aqui no rio, é o tal do 'o que que acontece...' pra iniciar frases e 'entendeu?' pra terminar.
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